O SECTOR INFORMAL E QUALIDADE DE SERVIÇOS PRESTADOS AO CONSUMIDOR NA PROVÍNCIA DE MANICA
Palavras-chave:
Consumidor, Qualidade, Sector Informal, Serviços PrestadosResumo
A província de Manica e o país em geral, nestes últimos tempos, têm sido vítimas de práticas desonestas perpetradas pelo sector informal ao vender e prestar serviços ao consumidor. Fazem parte de vendedores desonestos, devidamente identificados, vendedores de fruta localmente produzida (banana, abacate, laranja, etc), vendedores de carvão vegetal e produtores de mobília manufacturada a partir da madeira local. Estudar a contribuição do sector informal para avaliar a qualidade de serviços prestados ao consumidor na província de Manica é, sem dúvidas, abrir um campo para mais estudos sobre o tema, academicamente, relevante e da actualidade. Em face desta problemática, a AFAMO como agremiação ligada à pesquisas científicas, em defesa do consumidor, achou conveniente, estudar o fenómeno desonesto para encontrar a principal razão que desconforta os consumidores da Província de Manica. A análise dos resultados da pesquisa a ser levada a cabo neste trabalho foi feita a partir da aplicação do método qualitativo, consubstanciado na recolha de dados via entrevistas semi-estruturadas, seleccionando os entrevistados por conveniência. Neste estudo, constatou-se que a opção de praticar o comércio informal de produtos agro-florestais foi influenciada por factores económicos e sociais que dividem os vendedores informais que buscam a sobrevivência e os que procuram gerar riqueza. As relações sociais no seio dos vendedores informais são de inter-ajuda e reciprocidade. A venda de produtos agro-florestais praticada pelos vendedores informais gera benefícios económicos, sociais, culturais, políticos e ambientais que permitem melhorar a sua qualidade de vida. Os outros vêm os seus benefícios abaixo da linha da sobrevivência, porque os seus ganhos económicos são limitados devido a desonestidade no exercício da actividade comercial. A elaboração deste artigo científico, fundamentalmente, baseado no esforço conjugado entre académicos, autoridade local e governamental tem como pano de fundo, desencorajar a proliferação do fenómeno que estingue o conceito “qualidade” na República de Moçambique.
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