EFEITOS DA RECAPITALIZAÇÃO DO SISTEMA FINANCEIRO MOÇAMBICANO PARA O CRESCIMENTO ECONÓMICO EM MOÇAMBIQUE – CASO MOZA BANCO 2015-2020

Resumo

Esta pesquisa, tem como objectivo analisar os efeitos da recapitalização do sistema financeiro para o crescimento económico em Moçambique desde 2015-2020, especialmente a recapitalização do Moza Banco, ocorrida no ano de 2017, que consistiu fundamentalmente na melhoria dos indicadores prudenciais do banco. Devido a elevada carteira de clientes do Moza Banco, o Banco de Moçambique interveio em duas instituições de crédito no período em estudo, assumindo a gestão directa do Moza Banco e revogando a licença de exercício de actividade no Nosso Banco (liquidação), com o objectivo de mitigar o risco de contágio para todo o sistema, proteger os interesses dos depositantes e dos demais credores, bem como, assegurar a estabilidade dos mercados financeiros. A existência de um rácio de solvabilidade adequado é um elemento importante para a estabilidade do sistema bancário, pois, pressupõe uma boa capacidade de absorção de perdas resultantes de choques adversos sobre os balanços das instituições, continuando assim a desempenhar o seu papel de intermediação financeira. No objectivo de alcançar os resultados, com base na análise dos Efeitos da Recapitalização do Sistema Financeiro para o crescimento económico em Moçambique no período entre 2015 a 2020 no Moza Banco, devido aos factores conjunturais e a situação económica de Moçambique, motivou ao autor realizar a presente pesquisa com o suporte metodológico de pesquisa bibliográfica através de consulta de diversas obras literárias e documentos publicados, guias de entrevista para o Banco de Moçambique, do Moza Banco e da Associação Moçambicana de Bancos, a análise dos rácios prudenciais do Banco do período, a análise da estatística sobre o crescimento económico permitiu concluir que a recapitalização do Moza Banco trouxe efeitos positivos para o crescimento económico e robustez do sistema financeiro, olhando pela impotância do deste banco no mercado, devido a carteira de clientes avaliada em 8 mil empresas e 93 mil particulares. O estudo analisa os limites dos rácios prudenciais para assegurar maior solidez do sistema financeiro e o interesse dos depositários, combinadas com as medidas de supervisão rigorosas ás instituições de crédito e sociedades financeiras.