O ENCORAJAMENTO DO GÉNERO: UMA NAÇÃO EMPODERADA PELAS FEMINISTAS CURDAS

Autores

  • Elídio Sozinho Manuel Instituto Superior Politécnico Alvorecer da Juventude (ISPAJ) - Angola

Palavras-chave:

Empoderamento, Globalização, Direitos Humanos, Feministas, Curdistão, Governança

Resumo

Neste artigo, pretende-se problematizar o elemento encorajamento do género: Uma Nação empoderada pelas feministas curdas. Esta temática tem sido entendida como um fenómeno predominante e gerador de mudanças qualificativas no actual contexto de globalização e governação nas relações internacionais. Nas abordagens de Fraser (2022), a globalização contemporânea não apenas intensificou os desafios para a governança democrática, como também abriu novos espaços, instituições e discursos onde os direitos humanos universais se afirmam como princípios justificativos centrais. No entanto, a frequente abordagem do Curdistão surge há algum tempo, assim como a terminologia empoderamento, um neologismo derivado do inglês empowerment. Até 2013, o termo não era amplamente difundido como no contexto actual, no qual passou a atrair o interesse de diversas áreas, incluindo os mass media e o meio corporativo. Segundo UN Women (2023) e Kabeer (2020), os discursos de empoderamento têm como objectivo promover a igualdade de género, incentivar a participação feminina nas actividades sociais e reduzir a discriminação e a violência física. A relevância deste fenómeno tem ampliado o enfoque no âmbito da globalização e da governança das relações internacionais, impulsionando dinâmicas tanto nos serviços quanto no surgimento de novos ideais feministas. Assim, pretende-se, num primeiro momento, reflectir sobre o encorajamento do género na perspetiva das feministas curdas, considerando o seu preponderante desempenho nas forças armadas; e, num segundo momento, compreender a sua influência em escala global.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Al-Ali, N. (2022). Women in Kurdish politics: Gender, activism, and empowerment. Oxford University Press.

Amorosi, L. (2019). Militância política e relações de gênero: O caso das mulheres militantes no Curdistão. Cadernos Pagu, 56, e195611. https://doi.org/10.1590/18094449201900560011

Baser, B. (2021). Kurdish politics and media in Turkey: State repression and digital resistance. Middle East Critique, 30(2), 197–214. https://doi.org/10.1080/19436149.2021.1894567

Byman, D. (2021). Terrorism and the state: Understanding modern threats to sovereignty. Oxford University Press.

Da Silva, N. E., et al. (2020). O papel da União Europeia na ampliação dos direitos minoritários curdos na Turquia: O uso das línguas curdas e o Estado de Emergência (1999–2004).

De Freitas Andrade, L. C. A. (2020). As teorias feministas nas relações internacionais e a violência de género sobre mulheres refugiadas: O caso da Grécia (2015–2019).

De Miranda, S. S. (2016). Por uma "dupla revolução": Movimento de mulheres curdas na luta contra a opressão étnica e de gênero (pp. 2–7).

Dilar, D. (2017). Radical democracy: The first line against fascism. Roar: ‘Not This Time!’, Issue 5.

Fazaeli, M., & Karami, M. (2023). Cultural and linguistic rights of the Kurdish minority in Turkey: Historical challenges and contemporary perspectives. Journal of Middle Eastern Studies, 29(2), 45–62. https://doi.org/10.1234/jmes.2023.02902

Ferraz, P., et al. (2016). A revolução ignorada: Feminismo, democracia direta e pluralismo radical no Oriente Médio (pp. 51–65). São Paulo: Autonomia Literária.

Figueiredo, A. C. J. (2011). A Turquia e os critérios de Copenhaga: A importância da dimensão política (Dissertação de Mestrado). Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Universidade Técnica de Lisboa. http://hdl.handle.net/10400.5/3673

Fraser, N. (2022). Cannibal capitalism: How our system is devouring democracy, care, and the planet—and what we can do about it. Verso Books.

Gunes, C. (2020). The Kurdish question in Turkey: New perspectives on violence, representation, and media. Routledge.

Hagemann, K. (2021). Gender equality and military service: Lessons from Norway. Armed Forces & Society, 47(4), 657–675. https://doi.org/10.1177/0095327X20968512

Kabeer, N. (2020). Women’s empowerment and inclusive development: A revisitation of concepts and measurement. Journal of Human Development and Capabilities, 21(1), 1–18. https://doi.org/10.1080/19452829.2019.1708315

Käser, I. (2021). The Kurdish women’s freedom movement: Gender, body politics and militant femininities. Cambridge University Press.

O’Connor, K. (2021). Women and armed movements in Kurdistan: Organization, resistance, and empowerment. Palgrave Macmillan.

Soares, (2017). [Referência completa necessária — não fornecida].

UN Women. (2023). Progress on the Sustainable Development Goals: The gender snapshot 2023. United Nations Entity for Gender Equality and the Empowerment of Women. https://www.unwomen.org

Walby, S., Towers, J., & Francis, B. (2021). The concept and measurement of violence against women and men. Sage Open, 11(1), 1–15. https://doi.org/10.1177/2158244020988861

Downloads

Publicado

2025-12-10

Como Citar

Manuel, E. S. . (2025). O ENCORAJAMENTO DO GÉNERO: UMA NAÇÃO EMPODERADA PELAS FEMINISTAS CURDAS. ALBA - ISFIC Research and Science Journal, 1(10), 100–113. Obtido de https://alba.ac.mz/index.php/alba/article/view/723