PRODUÇÃO CIENTÍFICA DE MOÇAMBIQUE DO PERÍODO 1993-2019: UMA ANÁLISE CIENTOMÉTRICA
Palavras-chave:
Colaboração científica, Moçambique, Publicações científicas, Scopus, Visibilidade científica.Resumo
Este estudo visa realizar uma análise cientométrica da produção científica de Moçambique publicada em revistas indexadas na base de dados Scopus no período de 1993 a 2019. Os objectivos específicos são: analisar a produção, a produtividade, a visibilidade e a colaboração científica interna dos autores de Moçambique no período de 1993 a 2019. Foram recuperadas da base de dados Scopus 3.661 publicações de Moçambique.A análise cientométrica consistiu na aplicação da Lei de Bradford, da Lei de Lotka e da Lei de Price, esta última ajustada pelo critério proposto por este estudo, e no uso de dois softwares de Análise de Redes Sociais, nomeadamente, UCINET 6.774 e VOSviewer 1.6.20.Os resultados mostram que a área da saúde foi a mais produtiva de Moçambique, com 2.647 (72%) publicações, e o maior número de citações recebidas, 108.374 (52%); a obra mais citada foi Lozano (2012), publicada na revista The Lancet, a qual recebeu 9.924 (5%) citações. A revista mais produtiva do período foi a PLoS One, e a instituição mais produtiva de Moçambique foi a UEM, com 1.720 (47%) publicações.Os resultados também mostram que entre 50% e 88% dos membros das elites, com vínculos contratuais com instituições de pesquisa de Moçambique, ocupam posição intermédia (periférica) na produção da própria ciência, ou seja, não são os principais autores nem os cientistas mais renomados dos projectos de pesquisa.A colaboração científica interna, obtida através de softwares de análise de redes sociais, apresenta 12,63% de densidade, o que revela um baixo nível de colaboração interna das elites nas instituições de pesquisa de Moçambique.
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